Com vocês, ele, o leite condensado

08/08/2022

6min

leite condensado

O leite condensado é um ingrediente fundamental em festas e confraternizações. Afinal, ele é presença garantida em muitas das preparações da confeitaria brasileira, como pudins, bolos, tortas, doces e sobremesas. Está também no queridinho dos aniversários, o brigadeiro, fazendo toda diferença em meio ao chocolate, manteiga e granulado. 

A relação do brasileiro com o leite condensado é antiga — como se verá mais adiante, no texto — e intensa. De acordo com levantamento realizado pelo Centro de Inteligência do Leite da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), 14% das famílias brasileiras aumentaram o consumo do produto após o início da pandemia de coronavírus no País. 

Compreensível, já que, segundo pesquisadores da Universidade de Queensland, Austrália, a ingestão de açúcar faz com que o cérebro libere opióides, substâncias químicas naturais que dão a sensação de imenso prazer. 

O Brasil é um dos principais mercados de consumo de leite condensado do mundo. Segundo a Embrapa, o produto está presente em 90% dos lares e, anualmente, em média, cada brasileiro consome 6 kg de leite condensado.

O segredo está na evaporação

O leite condensado surgiu nos Estados Unidos, em 1856, e o responsável é Gail Borden. Com o intuito de contornar a falta de alternativas possíveis na época para conservar o leite, Borden teve a ideia de evaporar a água e acrescentar açúcar à solução que restava, prolongando, assim, a sua durabilidade.

De acordo com Natália Goivinho, Gerente de Marketing de Consumidor

do Leite Moça, da Nestlé, o processo de fabricação do produto permanece, na essência, o mesmo: “O leite condensado é resultante da evaporação da água presente no leite, com adição de açúcar, e pode ter o seu teor de gordura ajustado de acordo com a característica desejada”, ressalta.

Segundo a professora Mirna Gigante, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Universidade de Campinas (Unicamp), a primeira etapa do processo industrial de produção começa pela evaporação do leite em um tanque de metal de aproximadamente 12 m de altura. 

Em seguida, o resultado do processo de evaporação é transferido por meio de tubos para outro tanque de metal de altura semelhante para que o açúcar seja acrescentado. O próximo passo é transportar essa mistura até um concentrador com o objetivo de aquecer o produto e evaporar mais água. Por fim, uma dose extra de lactose é aplicada, deixando o produto final homogêneo e sem cristais.

Popularização

Após ser criada, em 1856, a solução não demorou muito tempo para ficar famosa. A razão foi a guerra civil norte-americana, ocorrida de 1861 a 1865. Para obter alimentação que gerasse energia, as tropas passaram a incluir em suas bagagens o leite condensado. 

Na Europa a solução se massificou graças à fundação, em 1857, da primeira indústria de produção de leite condensado no continente, a Anglo Swiss Condensed Milk, que se fundiu, pouco tempo depois, à Nestlé.

No Brasil, a chegada foi em 1890. Inicialmente, o produto era comercializado nas drogarias com o nome de “Milkmaid” e era adicionado pelos consumidores a bebidas como água, café e chás, chegando até mesmo a ser utilizado como alimento para bebês. Mais tarde, ganhou a função que tem hoje, a de ingrediente para a produção de doces.

A estrela do brigadeiro

O brigadeiro, docinho obrigatório em festas e comemorações brasileiras, tem como componente essencial o leite condensado, responsável pela composição de seu sabor e textura. 

A origem do quitute é um tanto quanto misteriosa. Porém, a versão mais “aceita” entre historiadores é a de que surgiu em 1945, durante as eleições presidenciais. 

Na época, mulheres que apoiavam o candidato Brigadeiro Eduardo Gomes se reuniram para vender nos comícios eleitorais “o doce do Brigadeiro”. O candidato não chegou à presidência do País, mas a sobremesa ganhou espaço especial — e perpétuo — no coração e nas mesas dos brasileiros.

Diferentes tipos

O mercado oferece uma gama variada de leite condensado, não apenas em relação às marcas, mas também para diferentes gostos e necessidades.

  • Integral: o produto deve ter no mínimo 8% de gordura discriminado na embalagem;
  • Semidesnatado: deve apresentar entre 1% e 7,99% de gordura;
  • Desnatado: percentual de gordura inferior a 1%;
  • Zero lactose: contém enzima lactase.

Essas determinações estão especificadas na Instrução Normativa Nº 47, de 26 de outubro de 2018.

Solução alternativa

A mistura láctea é a alternativa das fabricantes ao leite condensado. De sabor similar, porém com preço mais acessível, tem composição diferente: enquanto o condensado leva leite in natura, a mistura láctea é composta por derivados da bebida, como, por exemplo, o soro do leite. 

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