Marco Oliveira: “Preços menores e maior sortimento”
09/03/2022
9min

Em entrevista exclusiva, o presidente do Atacadão, Marco Oliveira, mostra como está o plano de expansão da rede no país, reitera o compromisso de ser um Parceirão para os clientes e analisa o futuro das vendas, com o crescimento da operação e-commerce.
Marco Oliveira, atual presidente do Atacadão, é natural de São Paulo (SP). Formou-se em Administração de empresas, e concluiu o MBA pelo IBMEC (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais) e está no Grupo Carrefour desde 1991.

Atacadão
Em 2007, chegou ao Atacadão para ser um dos líderes do processo de aquisição da empresa pelo Grupo, tendo ocupado, respectivamente, as posições de controller financeiro, diretor vice-presidente (CFO) e diretor vice-presidente de operações (COO), até chegar à presidência, em meados de 2021. Acompanhe a seguir a entrevista exclusiva que Marco concedeu ao Brasil Atacadão e conheça um pouco de suas ideias sobre o futuro da empresa e da parceria com seus milhões de clientes.
O Atacadão tem apresentado, recentemente, um crescimento muito expressivo em número de lojas, ampliando também a sua capilaridade no território nacional. O que tem a dizer aos clientes em relação a este processo e quais os próximos passos?
O modelo do Atacadão é ideal para o consumidor que busca preços mais vantajosos, e as pessoas têm descoberto isso a cada vez que compram com a gente. Nossa proposta de valor é ter os menores preços e maior sortimento.
Durante a pandemia, inclusive, ajudamos muito as pessoas, principalmente aquelas em situação mais vulnerável, que perderam suas rendas e começaram a empreender, fazendo bolos, doces, entre outros itens para vender. Estas pessoas conseguiram comprar produtos mais baratos para essa retomada. Já para quem passou a ter uma renda menor, o Atacadão também ajudou na questão de que o consumidor tem a opção de comprar produtos em maior quantidade, com preço menor e mais competitivo.
Hoje, o Atacadão é o maior atacadista brasileiro em número de lojas e com abrangência nacional. Atualmente, contamos com 250 lojas pelo Brasil e 30 atacados de entrega, graças a um plano de expansão robusto com uma média de mais de 20 novas lojas por ano. Somente no primeiro semestre de 2021, inauguramos 28 novas lojas e um atacado de entrega, incluindo a expansão orgânica e a reabertura de lojas adquiridas.
Até então, o Atacadão vinha priorizando a construção de grandes lojas. Mais recentemente tem incluído em sua expansão lojas de menor tamanho. Quais os reflexos desse caminho?
Não era uma regra, mas as unidades do Atacadão normalmente tinham 5,6 mil metros quadrados. Agora, temos aberto também lojas em espaços menores (4 mil metros quadrados em média) e ampliado o número de caixas. Dessa forma, ganhamos mais velocidade no atendimento e geramos mais conversão de vendas.
“Somente no primeiro semestre de 2021 inauguramos 28 lojas e um atacado de entrega e geramos 8 mil empregos”
A propósito, o que significa para as comunidades, em termos de desenvolvimento econômico e social, a instalação de uma nova loja do Atacadão, principalmente em cidades menores?
Sempre que chega a uma nova cidade, o Atacadão gera grande impacto socioeconômico em toda aquela região no entorno da loja, pela geração de empregos, pelo acesso à alimentação de qualidade a preços justos e também pelo estímulo ao microempreendedorismo e pequenos negócios. Apenas entre 2018 e 2021 foram geradas cerca de 19 mil oportunidades de emprego e somente no primeiro semestre de 2021, com as 29 unidades inauguradas, criamos, aproximadamente, 8 mil novas posições de emprego.
Apenas para reiterar, quais são os pilares do trabalho do Atacadão e qual a importância, nesse contexto, dos clientes, tanto comerciantes e transformadores, como consumidores finais?
Uma de nossas premissas é oferecer aos nossos clientes uma variedade de produtos regionais. Assim, além de valorizarmos a cultura e hábitos de alimentação locais, damos oportunidades para que produtores e fornecedores locais cresçam e desenvolvam seus negócios junto com a gente.
Para os consumidores finais, a nossa missão é proporcionar acessibilidade a uma alimentação de qualidade a preços justos, tanto para as pessoas dos grandes centros urbanos quanto para aquelas que estão nos municípios mais afastados.
Em termos de Brasil, qual a tendência de crescimento do atacado de autosserviço?
A tendência do nosso modelo de negócio é crescer cada vez mais, porque nós somos a primeira opção para aqueles consumidores que querem fazer suas compras a preços mais vantajosos. Segundo dados da Nielsen, os atacarejos já são opção para 47% dos lares brasileiros. Essa porcentagem só vai aumentar com o passar dos anos. Há espaço para o crescimento do formato no país e a expansão do segmento, aliada com a procura cada vez maior dos consumidores finais, transformadores e parceiros, é a comprovação disso.
“A nossa missão é proporcionar a acessibilidade a uma alimentação de qualidade a preços justos”.
E quanto à venda online, qual é a perspectiva de crescimento dentro da empresa? Quais fatores vão contribuir?
Há pouco mais de um ano, nós adquirimos a CotaBest, startup referência no mercado de atacado online. Com tecnologia própria, a CotaBest foi responsável pelo desenvolvimento de todo nosso marketplace. Desenvolvemos uma plataforma para identificar e mostrar sempre o menor preço aos clientes, otimizando tempo e garantindo mais economia.
Atualmente, contamos com mais de 300 vendedores parceiros e cerca de 50 mil produtos, e chegamos a aproximadamente 5 mil cidades a partir dos nossos 31 atacados de entrega.
Além do site focado no B2B, nós estabelecemos parcerias com os aplicativos Rappi e Cornershop, possibilitando uma experiência digital nas lojas em que esses aplicativos atuam. A operação, presente, por enquanto, em mais de 120 lojas de 60 cidades, conta com uma equipe de shoppers que foca em traçar os perfis principais que precisam ser atingidos em foco a essa área de atuação em marketing digital.
Esses profissionais conseguem chegar no público que realmente irão se interessar e utilizar o serviço oferecido constantemente.
Além disso, dedicados a atender em tempo real os pedidos que chegam pelos aplicativos. Nossa perspectiva é de que o formato continue crescendo gradativamente, sendo mais uma alternativa para que os clientes possam ter uma ótima experiência em sua jornada de compra, com comodidade, qualidade, sortimento, força operacional e principalmente, preços justos.
Para finalizar, como o Atacadão está se preparando para todas essas mudanças que estão sendo trazidas pelas vendas online?
O Atacadão tem avançado em sua estratégia digital. Isto faz parte da nossa estratégia de colocar o cliente cada vez mais no centro de tudo, proporcionando uma experiência da jornada de compra integrada e potencializando ainda mais o raio de atuação no país.
Como todos sabem, nós hoje atuamos de três formas: as nossas unidades de autosserviço (que recebem comerciantes, transformadores e consumidores finais para compras em atacado ou varejo), o atacado – que atende os clientes pessoa jurídica por meio de vendas diretas – e agora também no e-commerce, com vendas online.
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