Curitiba: cidade modelo

08/08/2022

10min

cidade de curitiba

Curitiba foi considerada, em recente pesquisa da revista Forbes, como a “terceira cidade mais sagaz do mundo”. Ou seja, uma que se preocupa em ser ecologicamente sustentável, prover boa vida aos seus moradores, ter boa infraestrutura e reconhecido dinamismo econômico.

 

Conta a história que nos idos do final do século XVII teria sido iniciada a atividade tropeira, que consistia em levar gado do Rio Grande do Sul até Minas Gerais. Assim, os chamados tropeiros partiam de Viamão (RS), tendo como primeiro destino a Feira de Sorocaba (SP). 

 

Era um caminho longo, em meio a intempéries que obrigavam eles a que realizassem as chamadas “invernadas”, à espera do fim do inverno rigoroso, normalmente em fazendas, “nos campos de Curitiba”. Do resultado dessa movimentação (que também incluía o trajeto de bandeirantes) teria nascido, a partir de um pequeno povoado, a cidade de Curitiba, oficialmente fundada em 29 de março de 1693. 

 

Pouco mais adiante, já no século XIX, com a expansão dos chamados ciclos da erva-mate e da madeira; a chegada de imigrantes europeus (alemães, poloneses e italianos) e a construção da Estrada de Ferro Paranaguá-Curitiba (ligando a hoje capital ao litoral), a cidade experimentou um novo ciclo de crescimento.

 

A propósito, conta a prefeitura local em seu site que “os imigrantes, ao longo do século XX, deram nova conotação ao cotidiano de Curitiba. Seus modos de ser e de fazer se incorporaram de tal maneira à cidade que hoje são bem curitibanas festas cívicas e religiosas de diversas etnias, dança, música, culinária, expressões e a memória dos antepassados. 

 

Esta é representada nos diversos memoriais da imigração, em espaços públicos como parques e bosques municipais”.

 

Hoje, Curitiba é uma grande metrópole. Capital do Paraná, tem quase 2 milhões de habitantes (segundo o IBGE/2020), é a maior cidade da Região Sul e a 8a do Brasil em termos populacionais. Está localizada em um altiplano a 934 metros acima do nível do mar, domínio da hoje muito diminuída mata Atlântica. 

 

No entanto, mesmo assim, consegue manter um grande excesso de áreas verdes em seu território para uma metrópole, tendo 64,5 m² de área verde por habitante (menor, no Brasil, somente que a de Goiânia, que possui 94 m²), índice que, segundo a ONU, é cinco vezes maior que o mínimo recomendável por habitante. Entre bosques e parques, Curitiba conta com cerca de 30 áreas verdes, com destaque para os parques Barigui e Tanguá.

 

Esse dado nos ajuda a entender, em um contexto mais amplo, a vocação de Curitiba como cidade acolhedora, que encara a questão urbana com um enfoque humanista e que, muitas vezes chamada “cidade modelo” ou “cidade sorriso”. Tem dado ao Brasil muitos exemplos nesse sentido, notadamente no que diz respeito à sustentabilidade e modernas maneiras de mobilidade urbana.

 

Curitiba: o lugar das flores

 

De uma coisa você pode ter certeza: Curitiba é uma cidade muito agradável e muito bacana para se conhecer. Talvez a forma mais emblemática de iniciar uma visita seja mesmo o Jardim Botânico de Curitiba, com sua famosa e linda estufa, provavelmente um dos locais mais fotografados da Região Sul do Brasil. 

 

Criado em 1991 à imagem dos jardins franceses, o Jardim Botânico tem entre seus destaques o chamado “Jardim das Sensações”, uma trilha com 200 metros de extensão, que os visitantes percorrem de olhos vendados conhecendo com os sentidos restantes algumas plantas.

 

Dá para “ver” as plantas com as mãos, sentir o chão com os pés, ouvir a voz do vento e da cascata, aspirar o perfume das plantas e o cheiro da terra.

 

Aliás, cheiro de terra você terá também nos muitos parques da cidade. O maior deles é o já citado Parque Barigui, que entre outras atrações tem um grande lago, quiosques com churrasqueiras, inúmeras pistas esportivas, além de bares e restaurantes.

 

É lá também que ficam o Museu do Automóvel de Curitiba e o Centro de Exposições da cidade. Além do Barigui, vale muito conhecer o famoso Parque Tanguá, que tem um fim de tarde tido como “arrebatador”, o Bosque do Papa (que abriga casas tipicamente polonesas sendo construído para a visita de João Paulo II, em 1980) e o Bosque Alemão.

 

Lugares para conhecer é o que não faltam

 

Além das “atrações verdes”, Curitiba tem muito mais! No seu Centro Histórico, por exemplo, além de casarões antigos – principalmente nos arredores do chamado Largo da Ordem – há vários museus e centros culturais que valem a visita, como o Memorial de Curitiba e o Museu Paranaense. Sem falar nas surpresas que você pode encontrar através de uma ação chamada “free walking Curitiba”, um tour guiado por toda a região central, sempre aos sábados. 

 

Também no Centro fica a Biblioteca Pública do Paraná, a maior da região Sul, fundada em 1857 e que dispõe de um acervo de quase 600 mil livros, e o célebre Teatro Guaíra. Inaugurado originalmente em 1900 e reinaugurado em 1974, hoje um dos maiores complexos culturais da América Latina, com 16,9 mil m2 e capacidade para 2,8 mil pessoas. 

 

Falando em museus, outra atração imperdível na cidade é o icônico Museu Oscar Niemeyer, popularmente conhecido como “Museu do Olho”, com seu projeto arquitetônico cheio de curvas e que, além de  bonito por fora. Sempre tem exposições capazes de agradar até mesmo aos viajantes culturais mais exigentes. (O ingresso é pago, mas nas quartas-feiras a entrada é franca.)

 

Aos domingos, outra opção imperdível para quem quer realmente conhecer Curitiba é a famosa “Feirinha do Largo da Ordem”, no centro da cidade, onde após se deliciar com as muitas opções em trabalhos de arte e artesanato, você ainda pode almoçar nos vários bares e restaurantes da região. Aliás, outra opção de almoço é, sem dúvida, o Mercado Municipal, aberto diariamente. 

 

De comida japonesa à pastelaria, há refeições capazes de agradar a diversos paladares. Sem falar nos vários estabelecimentos que vendem frutas, legumes, verduras, cervejas importadas, cachaças e até mesmo utensílios domésticos. 

 

Outras atrações interessantes são subir na Torre Panorâmica, que fica no bairro Mercê e conhecer a famosa “Ópera Arame”, outro ícone arquitetônico da cidade, sendo um teatro rodeado por vegetação nativa que além de lindo, recebe sempre diversos tipos de atividades culturais e tem um restaurante bem bacana.

 

Finalmente, se você quiser “dar uma esticada”, vale muito fazer um passeio de trem até Morretes, uma cidade histórica incrustada no meio da Mata Atlântica. Como o trajeto é de 72 km, a sugestão é que você vá até lá de ônibus e depois volte no bucólico trem que faz o trajeto em meio a paisagens deslumbrantes.  

 

“Carne de onça”

 

“Nasci no Paraná, em uma cidade chamada Indianópolis, no Noroeste do estado; estou no Atacadão há 24 anos e em Curitiba há dois, onde vim preparar a inauguração de nossa primeira loja na cidade. Conheço bem nossa capital, a terra do pinhão! Entre outras tantas e boas sugestões sugiro que você não deixe de aproveitar a deliciosa gastronomia da cidade, com forte influência dos imigrantes europeus.

 

Desde os alegres e movimentados bares da rua Itupava, até os ótimos restaurantes do bairro Santa Felicidade, entre os quais indico o famoso Madalosso e sua ótima comida italiana. 

 

Outras excelentes dicas são o tradicional Bar do Alemão, no Largo da Ordem (onde você come uma boa linguiça e joelho de porco) ou churrascarias como a Jardim Grill e a Recanto Gaúcho. Ah, mas não saia da cidade sem provar a famosa “carne de onça”, prato típico local feito com carne moída, de alcatra ou patinho, bem temperada e servida crua, com cebola e broa”.

 

Por WAGNER LUCAS

GERENTE DA LOJA DO ATACADÃO CURITIBA NORTE

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